Ranking da Conmebol ignora realidade e coloca Palmeiras à frente do Flamengo

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A Conmebol divulgou nesta segunda-feira o novo ranking de clubes da América do Sul e colocou o Palmeiras na liderança, à frente do Flamengo. O resultado, no entanto, provocou questionamentos sobre os critérios adotados pela entidade, especialmente diante do desempenho recente das duas equipes.

Apesar de aparecer como primeiro colocado, o Palmeiras encerrou a temporada sem conquistar títulos relevantes. O time paulista foi vice-campeão da Libertadores, perdeu decisões importantes ao longo do ano e ficou distante de levantar troféus em 2025. Ainda assim, superou o Flamengo no ranking, mesmo o clube carioca tendo conquistado títulos expressivos e apresentado desempenho superior nas principais competições da temporada.

O ranking da Conmebol leva em conta um sistema de pontuação baseado no desempenho dos clubes nos últimos dez anos na Libertadores e nos campeonatos nacionais considerados mais relevantes. Cada temporada recebe um peso diferente, com maior valorização dos resultados mais recentes. Na prática, porém, o método acaba diluindo campanhas ruins em anos específicos e premiando a regularidade histórica, mesmo quando ela não se traduz em conquistas atuais.

É justamente aí que surge a principal crítica. Embora o Palmeiras tenha acumulado boas campanhas continentais ao longo da última década, o ano mais recente foi marcado por frustrações esportivas. Já o Flamengo, que ficou atrás no ranking, conquistou títulos, teve protagonismo regional e manteve resultados consistentes tanto no cenário nacional quanto internacional.

A lista ainda traz River Plate e Boca Juniors em terceiro e quarto lugares, respectivamente, seguidos por Peñarol, Atlético-MG e São Paulo. O futebol brasileiro, aliás, domina o ranking dos 30 melhores, com vários representantes entre os primeiros colocados. Ainda assim, a liderança palmeirense levanta o debate sobre até que ponto o ranking reflete o momento esportivo real dos clubes.

O ranking da Conmebol é utilizado para definir os potes dos sorteios da Libertadores e da Copa Sul-Americana, influenciando diretamente o caminho das equipes nas competições. Com isso, uma posição elevada pode representar vantagem esportiva concreta, mesmo que o desempenho mais recente não justifique, na percepção de parte da torcida e da imprensa.

Diante disso, cresce a cobrança por maior transparência e equilíbrio nos critérios adotados. Afinal, quando um clube termina a temporada sem títulos e ainda assim aparece à frente de outro que “ganhou tudo”, a pergunta inevitável surge: o ranking mede o presente do futebol sul-americano ou apenas o peso acumulado do passado?

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