Um ataque a tiros deixou ao menos dez pessoas mortas e outras 11 feridas na manhã deste domingo (14) na praia de Bondi, em Sydney, uma das áreas turísticas mais movimentadas da Austrália. O tiroteio ocorreu durante a realização de um festival judaico que acontecia ao pôr do sol, reunindo moradores e visitantes.
De acordo com a polícia australiana, dois suspeitos participaram do ataque. Um deles morreu ainda no local e o outro foi baleado durante a ação policial, permanecendo internado em estado crítico. As autoridades afirmaram que a ocorrência foi rapidamente atendida por equipes de emergência, que isolaram a área e iniciaram buscas para descartar a presença de outros envolvidos.
A realização do festival judaico no momento do ataque foi confirmada por Alex Ryvchin, co-diretor executivo do Conselho Executivo da Comunidade Judaica Australiana, em entrevista à emissora Sky News. Segundo ele, o assessor de imprensa da entidade também ficou ferido durante o tiroteio e recebeu atendimento médico.
Imagens aéreas divulgadas por emissoras australianas mostram a praia tomada por ambulâncias, viaturas policiais e equipes de resgate, enquanto banhistas e participantes do evento deixavam o local em pânico. Testemunhas relataram momentos de correria, gritos e pessoas tentando se proteger atrás de quiosques e estruturas do calçadão.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um dos momentos mais dramáticos do ataque: um espectador consegue se aproximar de um dos atiradores e desarmá-lo. Após isso, o suspeito foge e, segundo relatos, se junta a outro homem que continuava disparando de uma ponte próxima à praia. As imagens foram divulgadas por veículos internacionais, como a Al Jazeera.
A polícia ainda não confirmou oficialmente a motivação do crime, mas informou que a possibilidade de ataque com motivação extremista ou de ódio está sendo investigada, especialmente em razão do contexto do evento e do público presente. O governo australiano afirmou que trata o caso como prioridade máxima.
O primeiro-ministro da Austrália se manifestou em nota, classificando o episódio como um “ato de violência chocante” e prestando solidariedade às vítimas, às famílias e à comunidade judaica do país. “A Austrália não tolera o ódio nem a violência. Este é um dia de luto nacional”, declarou.
A praia de Bondi permanece fechada, e a polícia reforçou o policiamento em áreas de grande circulação e em locais ligados a comunidades religiosas em todo o país, enquanto as investigações seguem em andamento.


