Um vídeo publicado nas redes sociais por André Bankoff ganhou espaço em alguns portais de notícias neste domingo (14), após o ator fazer críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O conteúdo, no entanto, chamou atenção menos pelo impacto político e mais pela pergunta que se repetiu entre leitores e usuários das redes: quem é André Bankoff?
No vídeo, Bankoff afirma que o “povo brasileiro está sendo roubado” e acusa o governo petista de agir sem receio de reação popular. Segundo ele, a população teria sido dominada pelo medo, o que explicaria a ausência de indignação diante de escândalos de corrupção. O ator cita casos como o mensalão e irregularidades no INSS como exemplos do que chama de normalização do desvio de recursos públicos.
A gravação segue um roteiro já conhecido nas redes: críticas genéricas às instituições, comparação com protestos em outros países e um apelo à união popular contra o que ele define como “sistema corrupto”. Bankoff menciona Nepal, México e Bulgária como exemplos de povos que teriam ido às ruas e provocado mudanças políticas.
Apesar do tom inflamado, o vídeo teve repercussão limitada fora do ambiente digital. O próprio destaque dado por alguns veículos acabou despertando estranhamento, já que André Bankoff não é uma figura amplamente conhecida do grande público, tampouco costuma ocupar espaço relevante no debate político nacional.
Nas redes, muitos comentários não se concentraram no conteúdo das críticas, mas na tentativa de identificar o autor do discurso. Para parte dos usuários, a viralização parece refletir mais a busca de celebridades de baixa projeção por engajamento político do que propriamente um posicionamento com peso no debate público.
Até o momento, nem o governo federal, nem o STF ou o Congresso se manifestaram sobre as declarações. O episódio ilustra como, na era das redes sociais, discursos políticos podem ganhar manchetes mesmo quando partem de vozes sem expressão pública consolidada — e como, às vezes, a notoriedade da crítica não acompanha a notoriedade de quem a faz.
