Governador brinca sobre contaminação por metanol em bebidas alcoólicas. São Paulo registra 192 casos em investigação e lidera óbitos no país.
O governador paulista ironizou durante coletiva sobre crise de intoxicação por metanol que contaminações afetam bebidas alcoólicas, as quais não consome. “No dia que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar”, declarou após reunir-se com representantes de fabricantes como Brown-Forman, Bacardi, Diageo e Beam Suntory em gabinete de crise montado com pastas de Saúde, Segurança, Justiça e Desenvolvimento Econômico.
As empresas treinarão agentes públicos e comerciantes para identificação de falsificações. Investigações da Polícia Civil apontam adição de etanol contaminado com metanol como principal hipótese para fabricação de destilados fraudulentos. O governo estadual propôs endurecimento legislativo, destruição judicial de estoques apreendidos e canal direto para denúncias preventivas evitando cassações.
São Paulo concentra 192 dos 225 registros nacionais, sendo 14 confirmados e 178 sob investigação, liderando também mortalidades com nove casos. Ministério da Saúde contabiliza 16 confirmações e 209 apurações em 12 estados. Polícia Federal investiga desde semana passada, considerando participação de quadrilhas especializadas, embora Tarcísio negue evidências vinculando o Primeiro Comando da Capital enquanto corporação federal mantém hipótese de crime organizado.


