Companhia planeja adicionar 2.800 litros por segundo aos sistemas Cotia e Alto Tietê. Projeto deve ser concluído até dezembro de 2026.
A companhia paulista avalia recarregar reservatórios metropolitanos com efluentes tratados mediante processo de polimento avançado. A iniciativa visa amenizar escassez hídrica numa região que possui apenas 10% da disponibilidade recomendada pela ONU per capita, índice inferior ao semiárido nordestino. O Sistema Integrado Metropolitano operava em início de outubro com apenas 30,8% da capacidade total.
O sistema Cotia receberia aproximadamente 2.000 litros por segundo da Estação de Tratamento de Esgoto Barueri, enquanto o Alto Tietê absorveria 800 litros via ETE Suzano direcionados ao reservatório Taiaçupeba. Após polimento, o efluente seguiria para estações de tratamento convencionais antes da distribuição populacional. Estudos técnicos devem concluir-se até março, com execução prevista para entrega em dezembro de 2026.
O diretor Marcel Sanches contextualiza a prática como diversificação matricial aplicada globalmente em Barcelona, Singapura, Califórnia e nacionalmente no Lago Paranoá brasiliense. Reconhece persistência de desinformação sobre segurança hídrica, embora tecnologias atuais garantam potabilidade comprovada cientificamente. A ampliação do tratamento de esgoto saltou de 17% em 1991 para 66% em 2023, contribuindo para retração da mancha poluidora tietina de 207 para 174 quilômetros entre 2024 e este ano.


