Indicador voltou a marcar menor nível da série histórica iniciada em 2012. Número de desempregados foi estimado em 6 milhões até setembro sendo menor já registrado pelo IBGE.
A taxa de desemprego do Brasil foi de 5,6% no trimestre até setembro levemente abaixo do patamar de 5,8% registrado nos três meses encerrados em junho servindo de base de comparação. Com resultado indicador voltou a marcar menor nível da série histórica iniciada em 2012 de acordo com dados divulgados nesta sexta pelo IBGE. A mínima de 5,6% já havia sido verificada nos trimestres até julho e agosto de 2025. O IBGE contudo evita comparação direta entre intervalos com meses repetidos como é caso dos finalizados em julho agosto e setembro.
O novo resultado ficou praticamente em linha com mediana das projeções do mercado financeiro estando em 5,5% conforme agência Bloomberg. Os dados do IBGE integram Pnad Contínua investigando tanto mercado de trabalho formal quanto informal. A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE foi questionada por jornalistas se marca de 5,6% seria espécie de piso para desemprego já que taxa não conseguiu ficar abaixo desse nível até momento. A pesquisadora evitou fazer essa leitura sendo muito prematuro afirmar isso destacando que tem algumas mobilizações setoriais para dar conta de demanda de consumo ainda virá referindo-se ao período de final de ano costumando mostrar queda no desemprego.
Ministra Antecipa Divulgação do IBGE
A divulgação desta sexta foi antecipada por publicação da ministra do Planejamento Simone Tebet. Ela adiantou-se ao anúncio oficial do IBGE divulgando às 8h35 postagem no X com taxa de desemprego só vindo a público formalmente às 9h. A mensagem foi apagada. Dados como taxa de desemprego são muito sensíveis porque podem ser utilizados por investidores em decisões. A informação é repassada antes pelo IBGE a grupo restrito de autoridades mas divulgação oficial é feita pelo próprio instituto às 9h a fim de evitar ruídos. O Ministério do Planejamento disse haver erro de publicação sendo falha corrigida em poucos segundos.
O número de desempregados foi estimado em 6 milhões até setembro sendo menor já registrado na série do IBGE. O contingente à procura de trabalho recuou 3,3% na comparação com trimestre até junho (menos 209 mil pessoas) caindo 11,8% em um ano (menos 809 mil). Já população ocupada tendo algum tipo de trabalho foi calculada em 102,43 milhões até setembro significando leve variação positiva de 0,1% ante intervalo até junho (mais 118 mil) dentro da margem de estabilidade da pesquisa. Em relação a ano antes população ocupada cresceu 1,4% (mais 1,4 milhão).
A renda média do trabalho alcançou R$ 3.507 por mês até setembro sendo recorde da série histórica embora variação ante trimestre até junho tenha sido de apenas 0,3% dentro da margem de estabilidade. Na comparação anual com período até setembro de 2024 rendimento cresceu 4% em média demonstrando melhoria significativa no poder aquisitivo dos trabalhadores brasileiros.


